Fiocruz diz que uso de passaporte vacinal pode incentivar imunizações

Passaporte de vacina já é usado em outros países, como União Europeia e Israel
Passaporte de vacina já é usado em outros países, como União Europeia e Israel Reprodução

A Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) divulgou, nesta sexta-feira (1º), o Boletim do Observatório da Covid-19, produzido semanalmente pela instituição, em que indica como estratégica a adoção do uso de passaporte vacinal no Brasil. A União Europeia e países como Israel, Japão e Coreia do Sul já aderiram à necessidade de documentação. 

De acordo com a publicação, com números cada vez menores de novos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Covid-19, a adoção do documento poderia estimular e ampliar a vacinação no Brasil. A fundação defende a utilização em todo território nacional como uma ação de saúde pública. "A proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”, divulgou a Fiocruz.

Confira o mapa da vacinação em tempo real no Brasil.

Para os pesquisadores, é importante elaborar diretrizes em nacionais sobre o passaporte de vacinas, para que seja evitada a judicialização do tema, criando um cenário de instabilidade e comprometendo os ganhos que vêm sendo adquiridos com a ampliação da vacinação.

“Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da Covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, afirmaram.

Sobre os números da Covid no país, o Boletim reforça que os avanços na vacinação vêm contribuindo para um cenário positivo. De acordo com a análise, há redução nos números absolutos de internações (-27,7%) e óbitos (-42,6%).

Porém, com a vacinação consolidada em muitas faixas etárias, o documento alerta que o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos: “Novamente, pela primeira vez desde o início da vacinação entre adultos, todos os indicadores (internações, internações em UTI e óbitos) passam a ter a média acima de 60 anos”.

O fato é que apesar da queda dos indicadores, o momento ainda exige cuidado. A análise da SRAG, que também integra o Boletim, observa que mesmo com a redução de incidência nas semanas anteriores, a grande maioria dos estados encontra-se ainda em níveis altos ou muito altos, acima de um caso por 100 mil habitantes. Isso, segundo os cientistas, evidencia a necessidade de atenção, com ações de vigilância em saúde para evitar estes casos graves, com sintomas que levam a hospitalização ou a óbito.

A taxa de ocupação de leitos Covid-19 adulto mostra que 25 Estados estão fora da zona de alerta (taxas inferiores a 60%). Ao mesmo tempo, permanecem na zona de alerta intermediária Espírito Santo (elevação das taxas de ocupação apesar de manter o mesmo número de leitos) e Distrito Federal (elevação das taxas de ocupação como resultado da redução do número de leitos). 



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