São Paulo, Brasil
Alexandre Kalil foi eleito prefeito de Belo Horizonte pela popularidade que o Atlético Mineiro lhe deu, como presidente em dois mandatos. Conquistando a sonhada Libertadores em 2013, como maior trunfo.
Sua eleição foi por partidos pequenos. Partido Humanista da Solidariedade, com o apoio da Rede Sustentabilidade e do Partido Verde, em 2016. Em 2020, foi reeleito, com 63% dos votos, no primeiro turno. Pelo Partido Social Democrático.
Suas aspirações políticas são grandes. Assumir o governo de Minas Gerais, atingir o Senado.
Mas para isso é preciso mostrar firmeza.
Daí sua revolta com a situação lastimável ontem no Mineirão.
A sua prefeitura liberou 30% da capacidade do estádio, cerca de 16 mil torcedores, para Atlético Mineiro e River Plate, ontem. Prometeu que seriam respeitados protocolos, como exigência de testes de covid-19 negativado. Usar máscara o tempo todo. E ainda manter o distanciamento de dois metros entre os torcedores.
O resultado foi caótico.
Durante a partida, não houve distanciamento, a enorme maioria da torcida sem máscara.
Milhares de membros de organizadas juntos.
E fora do estádio, com a vitória atleticana e classificação para a semifinal da Libertadores, foi tudo pior.
Com o encontro de mais milhares de torcedores, que não foram ao estádio, celebrando com os que saíam do Mineirão. Outra vez, inúmeros sem máscaras, se abraçando, cantando, comemorando.
"Se foi evento teste como disseram, não passou no teste, não vai acontecer de novo se for nesse molde. O que me entristeceu diante da minha alegria toda de ontem, foram aquelas cenas horrorosas, irresponsáveis, porque o prefeito faz parte da irresponsabilidade."
"Não estou jogando no colo de ninguém, porque o prefeito burro é que aceitou que eles iam cumprir o compromisso que eles tinham com a prefeitura", disse Kalil.
"Não foi isso que foi combinado. Eu vi torcida organizada lá que pelo preço do ingresso não poderia estar lá, e eu não tenho o menor receio de voltar tudo para trás."
"Estão enganados quem acha que 'é o Atlético, ele não vai fazer'. Não vai fazer, uma ova."
"Fizeram um desaforo e um desrespeito ao prefeito de Belo Horizonte."
Tudo aconteceu no dia que aumentou o índice de contaminação de covid-19 em Belo Horizonte.
Kalil convocou hoje os dirigentes de Atlético Mineiro e Cruzeiro, o clube vai jogar pela segunda divisão, amanhã, no Mineirão, contra o Confiança.
Ele vai dar a chance aos cruzeirenses.
Mas em caso de repetição de aglomeração, ele promete agir.
"Volto tudo como era. Sem liberação de público nos estádios em Belo Horizonte. O que aconteceu ontem dentro e fora do Mineirão não vai se repetir. Eu garanto."
Foram 17.030 torcedores ontem no Mineirão.
A arrecadação foi de R$ 2.685.042,00.
Mesmo só com 30% da liberação da capacidade do estádio.
Daí as diretorias de Atlético e Cruzeiro estarem desesperadas.
Querem que os jogos sigam tendo público.
Para isso, vão fazer campanha de conscientização dos seus torcedores.
Kalil promete não ter tolerância.
As cenas de ontem foram assustadoras.
Prefeitos de todo o país acompanharam chocados.
E a liberação de público para jogos no país pode ser cancelada.
Belo Horizonte deu um péssimo exemplo.
Ainda mais com a expansão da variante Delta...
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