Por telefone, Bolsonaro pede eleições limpas e voto impresso

Manifestantes se reuniram neste domingo (1º) na Avenida Paulista
Manifestantes se reuniram neste domingo (1º) na Avenida Paulista VILMAR BANNACH/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Dando continuidade a sua participação por telefone nos atos deste domingo (1º), que reivindicam voto impresso em 2022, o presidente Jair Bolsonaro falou com os manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo, e os parabenizou pela iniciativa nas ruas.

"Parabenizo a todos que lutam por liberdade e eleições limpas. É uma obrigação de quem está do lado de cá que tenha contagem pública do voto e uma forma auditável. Ninguém aqui é dono da verdade, ninguém pode fazer uso de governo", diz o presidente em conversa por telefone.

O atual sistema de votação do Brasil, com urnas eletrônicas, já é totalmente auditável. Além disso, não há nenhuma evidência de fraude nas eleições brasileiras desde que este tipo de urna passou a ser utilizada. Bolsonaro, na última quinta-feira (29), prometeu apresentar provas de que houve irregularidades nas votações de 2014 e de 2018. Mas o presidente não mostrou nenhum tipo de evidência, apenas reclamações infundadas de pessoas no momento do voto e vídeos de internet já conhecidos e desmentidos.

Os manifestantes, que se concentram em frente ao Museu de Arte e São Paulo Assis Chateaudriand (Masp), palco de grandes atos em São Paulo, reivindicam a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que quer tornar obrigatório o voto impresso nas eleições no Brasil.

Durante o contato com os manifestantes, que teve a liderança de seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), Bolsonaro reiterou ainda uma postura transparente nas próximas eleições.

Mais cedo, o presidente já havia se comunicado por telefone com manifestantes em Brasília, afirmando que, sem eleições "limpas e democráticas", não haverá eleição em 2022.

Durante manifestação na capital federal, a autora da PEC do voto impresso e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF), associou a possível derrota do parecer na comissão especial à pressão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A parlamentar criticou ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a eles não compete decidir como será a apuração dos votos.

"A pressão é muito grande. Quando nós aprovamos o tema em comissão tínhamos 33 votos a 5. Os parlamentares eram todos favoráveis. Mas a pressão que vem do TSE é muito grande", disse a deputada, em referência à aprovação da admissibilidade da PEC na CCJ em 2019.

A apreciação do tema ficou engavetada pelo então presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mas o atual, Arthur Lira (PP-AL), em sinal do seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro, autorizou a formação da Comissão Especial para tratar do voto impresso.

Inicialmente, havia maioria para aprovar a PEC na Comissão. Mas em uma jogada coordenada, partidos políticos de centro e centro-direita trocaram membros que eram favoráveis ao tema por parlamentares contrários. A ideia é barrar o texto no nascedouro e evitar que ele vá ao Plenário.



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