Violência contra adolescentes e crianças é tema do 'Estúdio News'

Luciana Temer, Mônica Gonzaga Arnoni e Renata Waksman
Luciana Temer, Mônica Gonzaga Arnoni e Renata Waksman Divulgação

A violência contra crianças e adolescentes ainda é um tema invisível. Falar sobre o assunto é desconfortável para muitos e envolve um tabu, visto que quem deveria proteger é a grande violadora em boa parte dos casos.

Cerca de 70% acontecem no seio da família e por isso é tão importante a participação da sociedade, professores e profissionais de saúde na identificação de casos, além do diálogo adequado para cada faixa etária.

Durante a pandemia, o registro de violência contra crianças e adolescentes diminuiu, porém, a diretora-presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer, observa que o número foi reduzido, pois a criança em confinamento tem mais dificuldade em denunciar.

“O fato das crianças não terem ido para escola, não terem frequentado outros espaços é o que resultou nessa diminuição de denúncias, que, aliás, é bom registrar vinha ano a ano crescendo. Não significa que essa violência tenha crescido, mas talvez a gente tenha conseguido dar mais visibilidade para ela. E com a pandemia, essa visibilidade diminuiu”.

“A prevenção é uma grande preocupação”. A juíza Mônica Gonzaga Arnoni, do Tribunal de Justiça de São Paulo, destaca que a violência, muitas vezes, passa de gerações para gerações e faz com que essas crianças que foram ofendidas se tornem adultos que vão violentar.

“Estamos relançando a campanha Não se Cale, agora com a novidade de ter uma conversa direto com as crianças, uma conversa lúdica, um recado direto para a criança para que, se for o caso, ela fique atenta, busque ajuda e possa reconhecer a violência sofrida.”

Perceber que alguma coisa está errada também é papel do médico e da equipe multiprofissional. A área da saúde tem que estar preparada e, sob qualquer suspeita, tem obrigação legal de notificar o registro SINAN, registro obrigatório para qualquer médico da rede pública ou privada que suspeitar de uma ação de violência contra criança e adolescente em 24 horas, e avisar a Secretaria Municipal de Saúde e ao Conselho Tutelar.

Renata Waksman, coordenadora do Núcleo de Estudos de Violência contra Crianças e Adolescentes da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), explica: “O limite é muito tênue entre se aquilo que estão trazendo, que aconteceu com a criança, foi não intencional, ou seja, foi acidental, um trauma, uma queda ou se foi intencional, violência, mas os médicos que estão na linha de frente, principalmente o pediatra, são instrumentalizados e capacitados para detectar, para sentir. Mas na verdade nem precisa ter muita experiência. É só usar o bom senso, perceber que alguma coisa está errada”.

O Estúdio News vai ao ar aos sábados, às 22h15. A Record News é sintonizada pelos canais de TV fechada 55 Vivo TV, 78 Net, 32 Oi TV, 14 Claro, 19 Sky e 134 GVT, além do canal 42.1 em São Paulo e demais canais da TV aberta em todo o Brasil.



from R7 - Brasil https://ift.tt/3xxxn2a
via IFTTT
Share on Google Plus

About Brasileiro Nato

Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril delenit augue duis.

0 comentários:

Postar um comentário