Lewandowski é relator de ação que tenta barrar Renan Calheiros da CPI

Ricardo Lewandowski será relator da ação movida por três senadores aliados do Planalto
Ricardo Lewandowski será relator da ação movida por três senadores aliados do Planalto FOTO: NELSON JR./SCO/STF (09/04/2019)

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator de ação movida por três senadores aliados do Planalto contra a indicação de Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria da CPI da Covid. O mandado de segurança apresentado por Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO) pede a suspensão do ato que colocou o emedebista na comissão.

Os parlamentares lembram que Renan Calheiros é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) e, por isso, os trabalhos do senador à frente da CPI podem fazer a comissão ser "eivada de desconfiança". Um dos focos buscado por governistas para livrar o governo Bolsonaro das investigações é mirar o uso de verbas pelas gestões estaduais no combate à pandemia.

"É possível considerar legal e impessoal a indicação de senador relator, cujo filho está entre os governadores 'investigados'? Sabe-se que não há investigação direta da pessoa do governador, mas indiretamente se investigará eventual má aplicação das verbas públicas repassadas pela União, no enfrentamento da covid-19 pelos estados/municípios", apontam os senadores.

Instalada nesta terça (27), a CPI da Covid é presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que indicou Renan Calheiros para a relatoria do colegiado após acordo com parlamentares. No plano de trabalho do emedebista, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deverá ser o primeiro nome a prestar depoimento sobre atos ou omissões do presidente Jair Bolsonaro nos primeiro meses da pandemia.

Mandetta foi demitido em abril do ano passado após discordar de Bolsonaro na divulgação e defesa de medicamentos sem eficácia contra a covid.

Ex-ministros

Renan Calheiros também quer ouvir os ex-ministros Nelson Teich, que substituiu Mandetta por apenas um mês, e Eduardo Pazuello, acusado de improbidade no colapso do sistema de saúde em Manaus no início do ano. O atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, também será chamado.

Apesar de os alvos focarem nas ações do governo, Renan Calheiros nega argumentos de governistas de que a investigação se transformará em um palco político contra Bolsonaro. "Esse discurso de que a CPI vai politizar é um discurso para inglês ver. Quem tem politizado é o governo", disse o senador.

Liminar derrubada

Na segunda-feira (26), o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, deu liminar em ação movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP) para barrar Renan da relatoria da CPI. A liminar foi derrubada pelo vice-presidente do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), desembargador Francisco de Assis Betti, que considerou que a decisão invadia competência do Congresso.



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