O presidente Jair Bolsonaro questionou novamente, nesta quarta-feira (28), a função da CPI da Covid, instalada no Senado, e afirmou a apoiadores que alguns governadores e prefeitos "roubaram e desviaram" dinheiro público, enviado pelo governo federal, destinado ao combate da pandemia.
Outra vez, Bolsonaro voltou a defender a cloroquina e disse que tomaria o medicamento novamente caso tivesse a covid-19, mesmo com diversos estudos que comprovam a ineficácia do medicamento.
"A CPI vai investigar o quê? Eu dei dinheiro para os caras [governadores e prefeitos]. No total, foram mais de R$ 700 bilhões, com auxílio emergencial no meio. Muitos roubaram dinheiro, desviaram, e agora vem uma CPI querendo investigar a conduta minha? Ah, se ele foi favorável à cloroquina ou não. Se eu tiver um novo vírus, eu vou tomar de novo. Eu me safei em menos de 24h, assim como milhões de pessoas", argumentou.
O chefe do executivo federal voltou a falar dos recursos federais enviados aos estados e municípios e mirou no Rio Grande do Norte, estado governador por Fátima Bezerra (PT).
"Eu tinha que orientar a não roubar? Respondam aí. Ou para não usar em outras coisas? O Rio Grande do Norte, pelo que me costa, R$ 900 milhões foram para pagar folha de servidor atrasado. Por que foi a questão do lockdown lá atrás? Não foi para achatar a curva? Então, 1 ano achatando a curva?", perguntou.
O presidente traçou um paralelo entre o governo dele e o do PT, especificamente quanto aos programas sociais. "Só de auxílio emergencial, no ano passado, nós gastamos mais do que 10 anos de Bolsa Família. Então, o PT, que fala tanto em Bolsa Família, hoje a média é de R$ 192. O auxílio emergencial está em R$ 250, está pouco, eu sei que é pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250 agora em agosto ou setembro", antecipou.
Logo em seguida, em resposta a um dos apoioadores, sinalizou um pronunciamento no dia primeiro de maio, próximo sábado, quando se comemora o Dia do Trabalho.
Bolsonaro disse ainda ver a reação da economia brasileira, mesmo com os recorrentes dados de desemprego do IBGE no campo negativo. Segundo o instituto, cerca de 14 milhões estão oficialmente desempregados no país.
"Apesar dos problemas, a economia está reagindo bem. A gente lamenta as pessoas que faleceram. Minha mãe está com 94 anos, vou chorar quando ela falecer. É a vida e temos que encarar o que está aí. Buscar alternativas, dar garantia de liberdade para o médico tratar o paciente, que não tem um remédio específico para tratar aquilo. Não atrapalhar esses médicos", discursou.
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