Bolsonaro abre novo conflito com governadores

Depois que o presidente Bolsonaro disparou uma série de tweets no fim de semana detalhando o repasse diretos e indiretos de recursos e auxílios aos Estados, os governadores reagiram. Nos tweets, Bolsonaro fala em suspensão e renegociação de dívidas e auxílio para vários Estados, como Acre, Alagoas, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e outros. A resposta veio na forma de uma  nota pública assinada em conjunto por 17 governadores - entre eles potenciais aliados do presidente Bolsonaro, como Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná). O texto manifesta  preocupação e critica o fato do governo federal utilizar os meios de comunicação oficiais, pagos com o dinheiro do contribuinte, para propagar, segundo eles, "informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais".

 A Carta dos 17 governadores divulgada nesta segunda-feira (1) lembra ainda que "em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o Governo Federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população".

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é um dos que assinam a nota pública
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é um dos que assinam a nota pública Reprodução/Facebook

O mesmo documento questiona o repasse dos recursos arrecadados aos aos Estados e Municípios, lembrando que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos Estados, em 2020, somou R$ 1,479 trilhão. "Se os valores totais, conforme postado hoje, somam, R$ 837,4 bilhões, pergunta-se: onde foram parar os outros R$ 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada Estado brasileiro pagaram à União em 2020?"

Com essa pergunta, a nota dos governadores reitera a necessidade de entendimento entre os poderes, advertindo que a "a linha da má informação e da promoção do conflito entre os governantes em nada combaterá a pandemia, e muito menos permitirá um caminho de progresso para o País". E encerra:

 - A contenção de aglomerações – preservando ao máximo a atividade econômica, o respeito à ciência e a agilidade na vacinação – constituem o cardápio que deveria estar sendo praticado de forma coordenada pela União  na medida em que promove a proteção à vida, o primeiro direito universal de cada ser humano. É nessa direção que nossos esforços e energia devem estar dedicados.
 



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