A participação dos produtos saudáveis, veganos e vegetarianos deve crescer cada vez mais no mix de pratos dos cardápios das franquias de alimentação. É o que apontam especialista da área de franchise ouvidos pelo R7 Economize.
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Para Marcus Rizzo, diretor da Rizzo Franchise, os produtos veganos e vegetarianos – assim como os orgânicos – ainda são muito caros e demandam um custo alto para a produção. Porém, não podem faltar no cardápio como opção para esse público.
Rizzo afirma, porém, que ainda não temos no Brasil – e também nos USA – um mercado que consiga rentabilizar uma rede que opere em vários pontos de venda com produtos exclusivos para veganos que consiga ser viável economicamente.
No entanto, ele afirma que essas opções de pratos não podem faltar nos cardápios.
Luis Stockler, consultor especializado em franquias da BaStockler, diz que as redes estão buscando opções de pratos para atrair o público mais jovem que tem preocupação com a saúde, animais e meio ambiente.
Stockler engrossa o coro com Rizzo ao afirmar que uma operação exclusiva com produtos veganos, vegetarianos, orgânicos e saudáveis é muito cara.
Ela exige mais equipamentos, trabalho diferenciado com insumos, que seguem protocolos diferentes da comida tradicional.
Entretanto, o consultor afirma que é uma tendência e que já estão surgindo redes com foco exclusivo nesse público.
Para Simone Galante, CEO da Galunion, as redes precisam atender ao desejo do consumidor e perceber a importância de se ter comida saudável, fresca e dietas funcionais específicas para oferecer.
Simone cita uma pesquisa feita recentemente com 1.100 entrevistado de todo o país que aponta que:
• 74% dos consumidores querem comida saudável e dietas funcionais;
• 73% naturalidade e frescor dos alimentos;
• 68% têm preocupação com a sustentabilidade;
• 60% valoriza a marca e a origem dos produtos;
• 51% querem produtos livres de ingredientes artificiais;
• 51% querem a proibição do plástico em embalagens e utensílios descartáveis.
Outras tendências que se destacaram na pesquisa, foram:
• 33% dos consumidores estão interessados nas novidades de produtos feitos com plantas para substituir a proteína de origem animal;
• 31% prefere pães com fermentação natural;
• 29% querem opções de pratos veganos.
Stockler cita como exemplo a Japa Vegana, franquia que atua com delivery japonês e asiático vegano.
Outra operação, que também opera com delivery e atua com produtos dessa área é a Vegan Lovers, do grupo Boali.
Seguindo a tendência de alimentação saudável, a rede Boali, que oferece saladas, wraps, bowls, risotos e crepes, comercializa seus produtos tanto em lojas físicas quanto por delivery,
E foi por meio dessa segunda opção de vendas que o CEO da franquia, Rodrigo Barros, criou, setembro, a rede Vegan Lovers, que oferece produtos exclusivos para esse público.
Vale lembrar, segundo Stockler, que o segmento de comida saudável, que inclui os alimentos veganos, vegetarianos e exclusivo para alérgicos, cresce em torno de 20% ao ano. E ultrapassa a comida gourmet, que virou febre durante um tempo, e atinge 10% ao ano.
“Os conhecidos junk food [comida lixo, na tradução livre] estão perdendo cada vez mais a participação no mercado.”
A rede de franquias Nutty Bavarian especializada em castanhas e conhecida pelo cheirinho da nuts glaceadas, vem crescendo também no ambiente vegetariano/vegano.
“Todos os nossos produtos são veganos, tanto os doces quanto os salgados e in natura e vem cada vez mais ganhado adeptos de quem procura um snack saudável”, afirma a empresária Adriana Auriemo Miglorância.
Os produtos são comercializados em saquinhos zip que garante mais frescor e atende diversos aspectos de consumo desde uma nutrição rica em fibras e energia, motivo pelo qual a marca vem se fortalecendo no ambiente de snack saudáveis.
Recentemente, a marca lançou a nuts no sabor pizza, feito com amendoim, castanha de caju, orégano, tomate, azeite, alho, salsa e mostarda.
“O mercado vegano está muito forte, mesmo quem não é vegano gosta da ideia de inserir em sua rotina alimentos saudáveis. O snack nutritivo pode ser consumido na academia, trabalho ou em casa”, afirma a empresária.
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