O epidemiologista Andreas Drosten, o mais conhecido da Alemanha, aconselhou as pessoas, em entrevista publicada neste domingo (1º), a não desafiarem o novo coronavírus e adotarem medidas de cuidado semelhantes às indicadas aos infectados, para evitar a propagação do patógeno.
"O melhor seria que nos comportássemos como se estivéssemos contagiados e procuremos evitar a transmissão", disse o especialista, em entrevista ao jornal "Neue Osnabrücker Zeitung".
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"Também podemos pensar no contrário, que todos os outros estejam infectados, e nós precisaremos nos proteger", completou o diretor de departamento de Virologia do Hospital Universitário de La Charité, localizado em Berlim.
Drosten ainda avaliou a situação atual na Alemanha, com o aumento recente no contágio e garantiu que não espera qualquer melhora no curto prazo.
"É certo que, na Semana Santa, seguiremos encarando a pandemia. Mas, é possível que no verão haja coisas que melhorem na nossa vida diária", disse o especialista, se referindo ao período mais quente do ano, que vai de 21 de junho até 20 de setembro.
O epidemiologista ainda aprovou as medidas anunciadas pelo governo alemão, com fechamento de bares, restaurantes, cinemas, teatros, academias, mas a manutenção da atividade de ensino.
"Nas escolas, há agora medidas de prevenção mais rígidas, que somadas ao uso obrigatório de máscaras, nos dão esperança de que possam ser evitados os contágios", explicou.
Neste domingo, de acordo com dados do Instituto Robert Koch, a Alemanha registrou 14.177 casos de infecção pelo novo coronavírus, um dia depois da quebra de recorde de notificações diárias, com 19.056.
Desde o começo da pandemia no país, já foram confirmados 532.930 resultados positivos, e 10.481 pessoas morreram por causa da covid-19.
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