Síndrome associada à covid-19 é mais letal em crianças de até 4 anos

71% dos casos da síndrome são de crianças de até 9 anos de idade
71% dos casos da síndrome são de crianças de até 9 anos de idade Freepik

A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, que está temporariamente associada à covid-19, é mais letal em crianças de até 4 anos de idade, de acordo com dados do Ministério da Saúde, que faz o monitoramento desde o dia 24 de julho.

O boletim epidemiológico mais recente reúne informações até o dia 5 de setembro, período em que foram notificados 286 casos e 21 mortes de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos.

Mais da metade dos casos (56%) são de meninos. A faixa etária de até 9 anos concentra 71% dos registros, enquanto 57% das mortes são de crianças de até 4 anos.

Em 15 dias, entre 22 de agosto e 5 de setembro, foram notificados 89 casos - o que corresponde a 5,9 por dia. Nesse mesmo período, foram registradas 7 mortes. A síndrome já está presente em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Os primeiros relatos sobre a síndrome multissistêmica surgiram em abril, durante o pico da pandemia de covid-19 no continente europeu. Houve alertas em diferentes países sobre a identificação de uma nova apresentação clínica em crianças, possivelmente associada com a infecção pelo novo coronavírus.

"É uma inflamação grave em múltiplos órgãos, como coração e pulmão. Ela lembrava a doença de Kawasaki, que é uma vasculite, ou seja, uam inflamação nos vasos sanguíneos", explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

"O que chama a atenção é que a maioria dos casos tinha história recente de covid-19 e posteriormente o desenvolvimento dessa síndrome", completa.

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De acordo com ele, os sintomas incluem febre, insufuciência respiratória, disfunção cardíaca, dor abdominal, manchas na pele, diarreia e vômito.

O Ministério da Saúde só inclui na definição preliminar de casos da síndrome inflamatória pacientes hospitalizados ou que foram a óbito e tiveram casos confirmados de covid-19 ou histórico de contato com infectados e que atendem aos demais critérios específicos estabelecidos pela pasta.

Kfouri destaca que esse é um evento raro e ainda não se sabe qual sua causa. "Devemos ficar atentos, mas não há motivo para que a população fique alarmada", afirma.

Ele acrescenta que a maioria das crianças infectadas com o novo coronavírus são assintomáticas ou têm sintomas leves e representam menos de 1% das mortes causadas pela covid-19.



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