O Ministério da Saúde identificou crescimento de novos casos de covid-19 em todas as regiões do Brasil. De acordo com Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, a tendência vem sendo observada pelos técnicos da pasta desde a 22ª semana epidemiológica.
Da 25ª para a semana atual, houve um avanço de 13% (246.088 infectados). Os óbitos, no entanto, apresentaram "pequena queda" (-2%) no mesmo período.
"O aumento foi proporcionalmente menor do que da 24ª para 25ª (22%). Quando observamos a curva de óbitos, o comportamento de óbitos novos por covid-19, que é um comportamento que nós haviamos falado, de um de um possível platô no número de óbitos, embora ainda muito elevados, mas o número de óbitos em um platô", ressaltou o secretário, em coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O Sul, que acumula 1.649 mortes e 79.675 contaminados, registrou crescimento de 47% no contingente de diagnosticados com a doença, enquanto o número de vítimas fatais avançou 37%. O Rio Grande do Sul é o estado mais afetado, com 636 mortos e 28.171 casos, desde o início da pandemia do novo coronavírus.
A tendência de interiorização da pandemia, conforme identificada ainda em maio, vem se intensificando nas últimas semanas. Enquanto as capitais, que foram as primeiras atingidas pela crise sanitária, registram redução nos indicadores, o interior vive um movimento oposto.
"A gente verifica que a distribuição de novos casos de covid-19 nas capitais vem diminuindo consistentemente, e consistentemente vem aumentando no interior. A gente vai ver como se comporta esse aumento nas próximas semanas epidemiológicas. A distribuição de óbitos na capital vem claramente diminuindo e no interior os óbitos vem aumentando gradativamente", disse.
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