A OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou nesta sexta-feira (29) uma iniciativa de tecnologia e acesso público à saúde em todo o mundo chamada C-TAP, para o combate – de forma menos desigual – à pandemia do novo coronavírus.
“Quase todos os dias há mais notícias sobre pesquisas com vacinas, diagnósticos e tratamentos. Mas todas as pessoas se beneficiarão dessas ferramentas? Ou elas vão se tornar outro motivo para pessoas ficarem para trás?”, questionou Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, durante o anúncio.
“Ferramentas para prevenir, detectar e tratar covid-19 são bens públicos globais que têm de ser acessíveis por todas as pessoas”, prosseguiu o diretor da OMS
A C-TAP (COVID-19 Technology Access Pool) terá cinco prioridades: divulgação pública das pesquisas de sequenciamento de genes; divulgação pública de todos os resultados de ensaios clínicos; encorajar governos e investidores em pesquisas para incluir cláusulas nos contratos com companhias farmacêuticas sobre distribuição igual e publicação dos dados dos ensaios; licenciamento de tratamentos e vacinas para grandes e pequenos produtores; promover modelos de inovação aberta e transferência de tecnologias que aumentem a capacidade local de fabricação e fornecimento.
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A pandemia, destacou Tedros, jogou luz às desigualdades de todo o mundo. “Mas também está nos oferecendo uma oportunidade para construir um mundo mais justo – um mundo onde a saúde não seja um privilégio para poucos, mas um bem comum”, afirmou.
Com a iniciativa, idealizada e proposta inicialmente por Carlos Alvarado, presidente da Costa Rica, e lançada em ação com mais 34 países, Tedros disse que companhias e governos que desenvolvam uma terapia efetiva estão convidados a contribuir com suas patentes para uma patente da saúde mundial, que iria então sublicenciar a patente para a fabricação genérica.
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“A pandemia mostrará um antes e depois em termos de humanidade. Apesar da crise que temos que encarar, temos uma oportunidade de tomar decisões em conjunto. Temo um desafio de uma vida de garantir acesso universal [à saúde]”, disse Alvarado, presidente costarriquenho.
“A ciência nos está dando soluções, mas precisamos que estas soluções trabalhem para todos, precisamos de solidariedade”, afirmou o diretor da OMS.
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