Uma indígena que mora em um vilarejo na região da floresta amazônica contraiu o novo coronavírus, o primeiro caso relatado entre as mais de 300 comunidades indígenas do Brasil, afirmou a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) nesta quarta-feira (1º).
A indígena cocama, de 19 anos, foi diagnosticada com o vírus no município de Santo Antônio do Içá, localizado perto da fronteira com a Colômbia e a cerca de 880 quilômetros da capital Manaus. "Infelizmente, temos uma indígena com o vírus" , disse a porta-voz da Sesai.
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Quatro casos de coronavírus foram confirmados no mesmo município, inclusive um médico brasileiro que foi diagnosticado na semana passada, o que provocou o temor de a epidemia se espalhar em comunidades indígenas remotas e vulneráveis e causar efeitos devastadores.
O médico, cujo nome tampouco foi divulgado, voltou de férias do sul do Brasil para trabalhar com os ticunas, que é uma das maiores etnias amazônicas com mais de 30 mil indígenas e vive no norte da Amazônia, perto das divisas com a Colômbia e o Peru.
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Especialistas de saúde alertam que o vírus pode ser letal para os 850 mil indígenas do Brasil, que foram dizimados ao longo dos séculos por doenças trazidas pelos europeus, como o sarampo, a malária e a gripe.
Para especialistas o estilo de vida dos indígenas, que moram em vilarejos comunitários, com moradias com estruturas de palha, aumenta o risco de contágio se um único membro contrair o vírus, que causa a doença respiratória às vezes fatal conhecida como Covid-19.
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