O Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira (30) que considera que o déficit primário do governo central pode chegar a R$ 350 bilhões em 2020, o equivalente a cerca de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
O valor consta do sumário do relatório do resultado fiscal do governo central e considera o aumento de despesas e queda na arrecadação para os próximos meses, como consequência do avanço do novo coronavírus e das medidas que precisarão ser implementadas pelo governo.
O valor é expressivo se considerado o rombo nas contas públicas do ano passado, que ficou em R$ 95 bilhões. A meta para 2020 era de déficit de R$ 124 bilhões, que o governo agora prevê superar de forma expressiva.
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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, citou que as diversas ações que o governo está traçando para combater a pandemia terão impacto. Entre elas está o auxílio a trabalhadores informais com valores de R$ 600 a R$ 1.200, o aumento na despesa com seguro-desemprego no socorro que será feito aos trabalhadores formais e os gastos adicionais do Ministério da Saúde, entre outros.
Além disso, o governo espera queda na receita nos próximos meses. Uma das medidas que torna isso certo foi a permissão para que empresas que estão no regime de tributação do Simples Nacional paguem seus impostos referentes a março, abril e maio apenas no segundo semestre.
"O impacto maior será nos próximos três meses. A gente possivelmente vai ter uma sazonalidade extra que vai impactar fortemente o déficit primário", diz Mansueto Almeida.
Fevereiro
As contas do governo central registraram um déficit primário de R$ 25,8 bilhões em fevereiro, segundo balanço da Secretaria do Tesouro Nacional divulgado nesta segunda. Trata-se do pior desempenho para o mês desde 2017 na análise que engloba o desempenho das contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.
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