Medidas impediram que China chegasse a 700 mil casos de covid-19

Após medidas tomadas no início da pandemia, salões já funcionam em Wuhan
Após medidas tomadas no início da pandemia, salões já funcionam em Wuhan Roman Piilipey / EFE - 31.3.2020

As medidas adotadas pela China nos 50 primeiros dias de propagação do novo coronavírus podem ter evitado mais de 700 mil infecções no país, atrasado a expansão para fora da cidade de Wuhan e interrompido a transmissão em nível nacional.

As informações fazem parte de um estudo assinado por especialistas das universidades da Pensilvânia, nos Estados Unidos; Oxford, no Reino Unido; e Normal de Pequim, na China; que foi publicado pela revista científica "Science".

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Os autores consideram que esses resultados poderiam ser úteis para os países que ainda se encontram na primeira fase da propagação da Covid-19.

Isolamento de Wuhan foi decisivo

A análise de dados sugere que sem o confinamento de Wuhan, com proibições de entrada e saída da cidade e sem a decretação de emergência nacional, o país teria mais de 700 mil casos de infecção pelo novo coronavírus, ainda em 19 de fevereiro, com 50 dias desde o primeiro registro. A China tem pouco mais de 82 mil até hoje.

"Parecem ter funcionado com êxito em romper a cadeia de transmissão, evitando o contato entre pessoas infectadas e suscetíveis", diz o texto.

Os pesquisadores combinaram uma série de boletins de casos, dados sobre a movimentação de pessoas, informações sobre intervenções de saúde pública para investigar a propagação e o controle da Covid-19 no país.

Entre as observações, estão, por exemplo, os deslocamentos de 4,3 milhões de pessoas que saíram de Wuhan, epicentro da pandemia, antes da proibição de viagem, assim como as restrições impostas nas demais cidades do país.

A análise apontou para uma "extraordinária redução" no movimento de pessoas após a proibição de viajar decretada em 23 de janeiro. Essa medida, diz o estudo, pode ter significado a redução a casos no restante da China.

O modelo elaborado pelos cientistas, mostra, inclusive, que o fechamento de Wuhan atrasou a chegada do novo coronavírus em outras áreas, o que permitiu que houve uma preparação prévia em mais de 130 cidades, como fechamento de espaços de lazer, paralisação de atividades esportivas, suspensão do transporte público.

Com isso, o nível de contágio na primeira semana de propagação do novo coronavírus foi 33% menor do que em Wuhan, indica o estudo.



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