Nova epidemia de coronavírus infecta mais pessoas que a anterior

Maioria dos casos está concentrada em território chinês
Maioria dos casos está concentrada em território chinês EFE/EPA/STR

O novo coronavírus descoberto na China já superou a epidemia anterior em número de infectados — são 2.886 casos no mundo inteiro, a maioria na cidade de Wuhan.

A MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio) — provocada por uma variação do coronavírus — registrou, entre julho de 2012 e novembro de 2019, 2.744 casos, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Outra epidemia causada por uma variação do coronavírus, também na China, foi a SARS (síndrome respiratória aguda grave), que infectou 8.098 pessoas entre 2002 e 2003.

Todas elas têm em comum a febre e os sintomas respiratórios, que podem evoluir para um quadro de pneumonia. 

Em um mês, o novo coronavírus infectou um terço do número de pessoas que o SARS infectou em um ano.

“A percepção que temos é que apesar deste coronavírus ter uma transmissibilidade mais fácil, ele possui uma agressividade menor”, avalia a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, em São Paulo.

Foram 858 mortes por MERS — taxa de mortalidade de 34,4%. Já a SARS teve uma taxa de 9,6%.

Ainda não é possível determinar a taxa exata do novo coronavírus. Com base nos números atuais ela é de 3,5% (81 óbitos até segunda-feira). 

Segundo Rosana, este vírus, provavelmente, está mais adaptado ao humano que os outros.

“São vários fatores. Às vezes, as pessoas podem transmitir antes de apresentar sintomas, talvez ele permaneça mais tempo no ambiente. Ainda não sabemos.”

Segundo a OMS a estimativa preliminar do R0 do novo vírus é de 1,4-2,5. Isto significa que cada pessoa infectada pode contaminar de 1,4 a 2,5 pessoas. O R0 da influenza, por exemplo, é de 2-3; e do sarampo, que está no topo da lista, é de 12-18.

“Isso é uma estimativa. Na minha percepção, é um pouco maior que isso, já que estamos vendo uma progressão maior no número de casos."

China isolou áreas onde há mais casos do coronavírus
China isolou áreas onde há mais casos do coronavírus EFE/EPA

Diante desse cenário, a melhor recomendação, segundo a médica, são as medidas de proteção.

“A primeira coisa é a pessoa que apresentar os sintomas respiratórios, tosse e febre não frequentar lugares com muita gente, não ir trabalhar, não ir à escola, não pegar metrô e ir ao médico”, afirma.

Segundo ela, é importante lavar as mãos com frequência e sempre que estiver em ambientes com muitas pessoas. Para tossir ou espirrar ela recomenda utilizar um lenço ou o cotovelo.

“Para a população, é isso: higiene e se manter informado. O principal são as medidas propostas pelos serviços de saúde.”

A infectologista afirma que os hospitais já estão sendo preparados. Os pacientes que apresentam os sintomas clínicos rapidamente recebem uma máscara e são isolados até que se faça o diagnóstico.

Rosana afirma, ainda, que a quarentena, medida tomada pela China pode demorar até 14 dias para surtir efeito. Desde a semana passada, diversas cidades estão isoladas, inclusive Wuhan. 

Isso por que o período de incubação de um vírus, tempo que ele fica inativo no corpo, pode variar entre 5 e 14 dias.

“Foi uma medida muito corajosa da China, corajosa e necessária.”

Leia também: China vive a maior quarentena da história recente do planeta

A médica enfatiza que é importante não causar pânico. Segundo ela, os casos mais graves são os que acometem pacientes mais vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças prévias.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Fernando Mellis



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