Alimento ultraprocessado em excesso gera falta de nutrientes

Consumo excessivo de ultraprocessados gera obesidade
Consumo excessivo de ultraprocessados gera obesidade Freepik

De acordo com artigo publicado na revista científica The Lancet, países de baixa e média renda passam ao mesmo tempo por epidemias de obesidade e de desnutrição. O estudo diz que o problema se deve ao consumo de alimentos ultraprocessados e à falta de atividades físicas.

Segundo especialistas, a falta de uma alimentação balanceada afeta a saúde, o crescimento e pode causar um fenômeno chamado de fome oculta, uma falta não aparente de micronutrientes necessários ao organismo.

“Hoje existem crianças obesas e desnutridas porque não se alimentam direito, comem muita porcaria”, afirma o pediatra e neonatalogista Nelson Douglas Ejzenbaum, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e Academia Americana de Pediatria.

“Imagine um adolescente que come sempre na frente da TV e se alimenta de pizza e hambúrguer o tempo todo, ele não ganha os nutrientes necessários”, exemplifica.

De acordo com o médico, a dieta das crianças deve ser a mais natural e balanceada possível. Ele cita o conceito americano do “meu prato” como parâmetro a ser seguido.

Trata-se de um prato dividido em quatro partes: frutas, vegetais, grãos de carboidrato e proteínas.

“É necessário ter equilíbrio. O ideal é que uma pessoa saudável coma um grama de proteína para cada quilograma de seu peso”, diz.

Dentre os alimentos ultraprocessados mais perigosos para a saúde das crianças, o pediatra destaca salgadinhos, bolachas, bisnaguinhas e doces em geral. “Eles não contêm a energia que a criança precisa e podem induzir à obesidade e ao diabetes”, alerta.

Por sua vez, o pediatra e nutrólogo Rubens Feferbaum, presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo, afirma que é necessário prestar atenção na qualidade dos alimentos.

“O consumo de ultraprocessados é um risco se for de baixa qualidade, ou seja, se forem retirem todas as características naturais do alimento e substituírem por elementos artificiais em exagero, como sal, açúcar, corantes e conservantes”, pondera.

Ambos os especialistas concordam que o segredo para uma alimentação saudável está em uma dieta balanceada e em se concentrar nas refeições.

‘É preciso haver educação para a nutrição. Hábitos alimentares também se ensinam. É necessário saber que não pode ficar tomando refrigerante no lugar de água”, ressalta Feferbaum.

“O grande conselho é comer sentado, sem a TV ligada, ingerir porções adequadas de cada alimento e evitar excesso de fritura e gordura”, conclui Ejzembaum.



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