Pesquisa que será divulgada nesta segunda-feira (11) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), no 8º Congresso de Inovação da Indústria Brasileira em São Paulo, mostra que 54% das empresas do país se cosideram inovadoras. CEOs, presidentes e vice-presidentes de 100 indústrias, sendo 40 de grande porte e 60 pequenas e médias, dizem acreditar que o grau de inovação nos próximos cinco anos será muito alto.
O primeiro levantamento nesse segmento foi realizado em 2015. Na ocasião, "apenas" 57% dos entrevistados pretendiam elevar os investimentos na área de inovação, hoje, esse número subiu para 66%. O principal fator desse aumento é por acreditarem que esse segmento será um diferencial no futuro.
De acordo com 44% dos executivos questionados, o campo representa mais de 20% do faturamento das empresas. Hoje em dia, três em cada dez entrevistados direcionam mais de 5% para essa área.
Outro assunto relacionado à inovação que mostrou uma elevação significativa foi o de financiamento para as atividades. Em 2015, 40% declararam usar somente recursos próprios, enquanto nessa pesquisa 55% afirmaram utillizar recursos do próprio bolso.
Gianna Sagazio, diretora de Inovação da CNI, afirmou que o apuramento da pesquisa revela uma escassez de recursos públicos. "Os dados sugerem que a escassez de recursos públicos não deixou alternativa para as empresas, além do uso de capital próprio", disse.
Mais da metade das empresas do levantamento afirmou encontrar dificuldade em conseguir financiamento. Como medidas de solução levantadas pelo setor privado, a ampliação do acesso aos fundos de finaciamento (26%), redução da burocracia (22%) e estímulos à inovação por parte do governo (18%) aparecem como principais caminhos.
Veja também: Brasil continuará em 2019 mais pobre que há cinco anos
Brasil pouco inovador
O Brasil registrou um avanço como país inovador em relação aos últimos dados revelados, porém ainda é tido como uma indútria pouco inovadora. Para 49% dos empresários, o país apresenta um baixo ou muito baixo grau de inovação, 13% a menos do que registrado em 2015.
Sagazio explicou que a formação no ensino básico e superior influencia o grau de inovação. "A qualidade da educação básica e do ensino superior é um fator diretamente relacionado ao grau de inovação de uma economia. Inovação é resultado da capacidade humana. Nossos esforços precisam ser maiores", analisou.
Melhores países para inovar
Os Estados Unidos continuam como a principal referência nesse quesito (78%). Porém o destaque fica para Isarael, que cresceu 15 pontos entre 2015 e 2019 e ocupa a terceira colocação no ranking, logo atrás da Alemanha. China e Japão fecham a lista dos cinco melhores.
Cultura inovadora, confiança empresarial e internacionalização das empresas são elementos que os entrevistados entedem como fundamentais para esse cenário pró-inovação.
Para o Brasil evoluir mais nesse quesito, os executivos apontaram a ampliação e o barateamento do financiamento à pesquisa e desenvolvimento (25%) como a principal forma para inovar mais. Desburocratização de processos (21%), investimento em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) e tecnologia (19%), além de uma maior aproximação das universidades e centros de pesquisa (14%).
* Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas
from R7 - Brasil http://bit.ly/2XJQFPL
via IFTTT
0 comentários:
Postar um comentário