Recife, Goiânia e Porto Alegre registraram manifestações pró-Moro e a favor da operação Lava Jato neste domingo (30). Moro foi um dos personagens do governo defendidos pelos manifestantes, após o vazamento de supostas conversas entre o ex-juiz e procuradores que levantaram questionamentos sobre a legalidade da atuação enquanto trabalhou julgando casos da Lava-Jato.
Essas conversas, segundo o site, indicariam interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e de procuradores.
O MBL justificou a participação em manifestações deste domingo, pelo suposto hackeamento e ilegalidade na obtenção das mensagens dos celulares de Sérgio Moro e integrantes da operação Lava Jato.
"A decisão de participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro", disse Renato Battista, um dos coordenadores do MBL.
Recife
No Recife, o ato em defesa do ministro Sérgio Moro foi realizado na Avenida Boa Viagem, zona sul do Recife. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes carregavam bandeiras do Brasil e cartazes. Eles cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem em defesa da Lava Jato, pela aprovação da Previdência e outras pautas defendidas pelo governo Bolsonaro. Dois trios elétricos acompanharam as atividades durante o percurso, de aproximadamente 1,5 km.
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Uma das coordenadoras do Movimento Vem Pra Rua, que comandou os atos em Pernambuco, Maria Dulce Sampaio, fez questão de destacar o caráter "suprapartidário" da manifestação. "Estamos mais uma vez nas ruas pelo Brasil e pelos brasileiros. Exigimos a aprovação da reforma da Previdência e do pacote anticrime. E , claro, prestar nosso apoio irrestrito à Operação Lava Jato e ao ministro Sérgio Moro. Precisamos é de mais homens como ele para continuar desmontando esquemas de corrupção e punindo os culpados", pontuou.
Goiânia
Mais uma vez, a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado de Goiás, no Setor Pedro Ludovico, foi o ponto de encontro de manifestantes em Goiânia, que também foram às ruas em defesa ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Segundo os organizadores, o ato teve presença de representantes de mais de 10 grupos, entre eles o Vem Pra Rua, Movimento Brasil Conservador e Brasil 200. Homens da Polícia Militar e a SMT (Secretaria Municipal de Trânsito) acompanharam a movimentação.
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Paramentada com as tradicionais camisas verde e amarelas, uma aglomeração esteve concentrada no local, acompanhada por dois trios elétricos. Os manifestantes carregaram bandeiras do Brasil e imagens do presidente Jair Bolsonaro (PSL), além de cartazes com as inscrições "Fora STF", "Não mexam com a Lava Jato" e "Moro Nosso Herói". Um caixão de papel trazia a frase "Cortando as cabeças da corrupção".
Dentre as que foram para a sede da PF esteve a aposentada Marlene Gomes, de 66 anos. "Esses sites que estão divulgando essas conversas estão atuando de forma criminosa, na minha opinião. E estão usando deste artifício para invalidar a Lava Jato. Tanto que teve até notícias que tiveram que corrigir, como foi o caso da procuradora Monique [Cheker]. Daí já se vê que não se tem tanta credibilidade. E acredito muito no Moro, pois ele teve muita coragem no combate à corrupção", argumentou.
Porto Alegre
Mesmo sob uma chuva intensa e temperatura de 16 graus, manifestantes ocuparam a Avenida Goethe, em frente ao Parcão, em Porto Alegre. Os protestos organizados começaram por volta das 15h deste domingo.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o deputado federal Marcel Van Hattemna (Novo) ressaltou que "a credibilidade do Intercept foi prejudicada severamente pelas últimas publicações. Principalmente as que revelaram edições grotescas do material que supostamente teria sido entregue por uma fonte, mas foi óbvio que foi obra de hacker ou forjado. Quem está perdendo com a credibilidade é o próprio Intercept", afirmou o parlamentar gaúcho, em manifesto realizado no Parcão.
"O teor das mensagens trocadas até agora pelo ministro Mouro e procuradores são mensagens que têm sido claramente editadas pelo jornalista, que é claramente militante de esquerda e contra a Lava Jato. O teor até aqui apresentado não demonstra a imparcialidade do juiz. A Lava Jato tem sido um sucesso e não tem perseguição em partido político. A Lava Jato atingiu vários partidos políticos", avaliou.
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