Agência europeia autoriza vacina da Novavax anti-Covid 

Vacina apresentou eficácia de 90,4% em estudo feito na América do Norte
Vacina apresentou eficácia de 90,4% em estudo feito na América do Norte Pedro Nunes/Reuters - 18.12.2021

O órgão regulador de medicamentos da UE (União Europeia) aprovou nesta segunda-feira (20) a vacina da Novavax anti-Covid, no momento em que crescem as advertências em todo o mundo sobre o avanço da variante Ômicron, muito mais contagiosa.

A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) deu sinal verde à vacina da Novavax, que usa uma tecnologia mais convencional em relação às empregadas pelos outros imunizantes já autorizados, o que poderia reduzir o ceticismo entre os não vacinados.

A vacina do laboratório americano é a quinta "recomendada na União Europeia para prevenir a Covid-19 entre as pessoas de mais de 18 anos", destacou a EMA em um comunicado.

A UE já assinou um contrato para a compra de até 200 milhões de doses do imunizante, de duas doses.

A Novavax afirma que sua vacina contra a Covid-19 apresentou uma eficácia de 90,4% em um vasto ensaio na América do Norte.

No entanto, o laboratório reconheceu que está "testando sua vacina contra a variante Ômicron" e que ainda está trabalhando em uma versão específica que ataque essa nova cepa, que é particularmente contagiosa.

Todas as vacinas ensinam o sistema imunológico do corpo a atacar o coronavírus, mas fazem isso de diferentes formas.

A chamada tecnologia de subunidades de proteínas da Novavax já foi testada e utilizada durante décadas para vacinar humanos contra doenças como a hepatite B e a coqueluche.

A Novavax não precisa ser armazenada em temperaturas muito baixas, o que potencialmente lhe confere uma vantagem logística em relação a outros imunizantes.

As vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna, que dominaram a resposta global à Covid-19, usam uma tecnologia pioneira, mas que até agora não foi testada em grande escala: a do RNA mensageiro.

Um inverno sombrio

Enquanto isso, os alertas sobre o risco da Ômicron aumentam no mundo todo.

O principal assessor dos Estados Unidos para a pandemia, Anthony Fauci, advertiu no domingo que se aproxima um inverno (Hemisfério Norte) sombrio e que o vírus "se espalha causando estragos em todo o mundo".

"Com a Ômicron (...) teremos algumas semanas ou meses difíceis à medida que entrarmos no inverno", disse o médico ao canal NBC News.

A NBA, a mais importante liga de basquete do mundo, e a NBPA, que reúne os jogadores, chegaram a um acordo no domingo sobre regras para recrutar jogadores substitutos para as equipes afetadas pela Covid.

Nesta segunda-feira, o tenista Rafael Nadal anunciou que testou positivo para Covid-19 em um exame que realizou ao retornar de Abu Dhabi para a Espanha.

"Estou passando por momentos desagradáveis, mas acredito que vou melhorar pouco a pouco", escreveu no Twitter o tenista de 35 anos.

Na Alemanha, o grupo de especialistas que assessora o governo alertou sobre a propagação da Ômicron e defendeu reduções adicionais aos contatos entre as pessoas, sem mencionar um novo confinamento.

Já na Holanda, um novo distanciamento social foi decretado pelas autoridades para tentar reduzir a propagação do vírus, com o fechamento de todos os comércios não essenciais, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros até 14 de janeiro.

Na França, onde a taxa de casos bateu outro recorde, com 50 mil novos contágios diários, a ministra de Indústria, Agnès Pannier-Runacher, testou positivo para a Covid-19.

Preocupação afeta os mercados

O medo da propagação do vírus atingiu com força os mercados. O petróleo caía 5% e as principais bolsas europeias operavam com prejuízos, em sintonia com a tendência na Ásia.

Por sua vez, o governo de Israel proibiu as viagens para vários países europeus adicionados a uma lista vermelha pelo risco de contágio. Os Estados Unidos também podem ser vetados como destino.

Os movimentos contra as medidas de contenção do vírus continuam e, na Bélgica, uma manifestação contra o certificado sanitário reuniu milhares de pessoas, com alguns detidos quando a polícia tentou dispersar o protesto.

Até agora a pandemia deixa 5,34 milhões de mortos em todo o mundo, desde que a OMS detectou na China a aparição da Covid-19 no fim de dezembro de 2019, segundo um balanço feito pela AFP na noite deste domingo (19), de acordo com fontes oficiais.



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