Secretaria do Consumidor investiga 40 vazamentos de dados

Senacon investiga 40 casos de vazamento ou compartilhamento indevido de dados
Senacon investiga 40 casos de vazamento ou compartilhamento indevido de dados Reprodução

A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, tem registrado aumento de denúncias e investiga 40 casos diferentes envolvendo vazamento ou compartilhamento indevido de dados de consumidores brasileiros. Entre eles, o megavazamento com mais de 100 milhões de números de celulares.

Leia também: Como proceder ao descobrir que seus dados foram vazados

Entre os dados vazados, estariam informações como a duração das ligações, número de celular, dados pessoais (RG, CPF, CNPJ, e-mail, endereço), detalhes sobre o pagamento da fatura (atraso no pagamento, valor da fatura, dívidas) e outros. A lista com as informações foi encontrada à venda na internet e atinge até mesmo o presidente Jair Bolsonaro.

"Temos recebido cada vez mais denúncias e estamos muito preocupados em razão do aumento desses incidentes que envolvem vazamento de dados ou compartilhamento de dados de consumidores. Atualmente temos cerca de 40 investigações diferentes em curso", afirma a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Domingues. 

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Senacom, afirma que aguarda a manifestação das quatro grandes operadoras de telefonia do Brasil (Oi, Vivo, Tim e Claro), após notificação, para análise das informações prestadas.

Caso haja indícios de responsabilidade das empresas pelo vazamento, será aberto processo administrativo para aplicação de multas, que podem chegar a R$ 10 milhões. A empresas afirmam que não identificaram vazamento de dados ou ataques.

Juliana Domingues explica que a Senacon trabalha para apurar as provas e a autoria desses vazamentos. Além disso, tem buscado parceria mais próxima com a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), para garantir não só a proteção dos consumidores, mas também a segurança dos dados pessoias.

"É inadimissível que o consumidor esteja submetido a uma exposição tão grande de seus dados pessoais. Estamos trabalhando em várias frentes para contenção desses danos, sem prejuízo obviamente da aplicação das sanções que são compatíveis com a gravidade da prática", diz a secretária. 

No início do mês, outro vazamento colocou à disposição 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos. Entre os afetados pela ação também aparecia Bolsonaro. Além dele, tiveram os dados expostos o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).



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