Câmara aprova texto-base da MP que facilita compra de vacinas

Vacina contra covid-19
Vacina contra covid-19 Phill Magakoe / AFP

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23) o texto-base do projeto que torna permanentes as regras das MP (Medida Provisória) 1.026, do governo federal. A iniciativa facilita a compra de vacinas e insumos necessários à vacinação contra a covid-19, com a dispensa de licitações e regras mais flexíveis para os contratos.

Após a aprovação, os deputados seguiam votando na noite desta terça destaques sobre pontos específicos e que podem trazer outras regras à medida.

Além de flexibilizar as regras para o uso emergencial das vacinas, a MP 1.026 autoriza a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a aplicar o rito acelerado para vacinas já aprovadas por autoridades sanitárias renomadas pelo mundo, com prazo de deliberação de sete dias úteis.

Para vacinas já aprovadas nestas agências, a Anvisa não precisa requisitar mais estudos de fase 3 em andamento no Brasil para conceder a autorização emergencial.

O texto também firma o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 como “instrumento estratégico” de vacinação de toda a população.

Iniciativa privada

O deputado Pedro Westphalen (PP-RS), relator do projeto, retirou do texto a possibilidade de que a aquisição e utilização dos imunizantes possa ser feita pela iniciativa privada. A decisão foi aplaudida por partidos de oposição, que afirmam que a medida permitiria a vacinação da parcelas mais favorecidas economicamente em relação a grupos prioritários, caso dos idosos. 

Por outro lado, a retirada da medida foi criticada pelos partidos de centro-direita e direita, que ressaltam que empresas podem ajudar na estratégia do governo de vacinação e eventualmente colaborar a suprimir falhas e dificuldades do poder público em adquirir os imunizantes. 

A aprovação do projeto que torna permanentes as regras da Medida Provisória sem a autorização da aquisição de vacinas por empresas não representa o fim dessa possibilidade. Um projeto apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), prevê a possibilidade da compra e que elas sejam doadas ao SUS (Sistema Único de Saúde).

O senador admite, porém, que na tramitação do texto é possível que parte dos parlamentares queiram dividir esse percentual - ou seja, em vez de 100% de doações para o SUS, seriam 50% de doações e 50% de uso liberado à empresa. As companhias poderiam aplicar as doses em seus funcionários, por exemplo. 



from R7 - Brasil https://ift.tt/3bAS96O
via IFTTT
Share on Google Plus

About Brasileiro Nato

Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril delenit augue duis.

0 comentários:

Postar um comentário