Agentes da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) prenderam, nesta sexta-feira (31/01/2020), um homem suspeito de participação no assassinato do motorista de aplicativo Aldenys da Silva (foto em destaque), de 29 anos. O nome do acusado ainda não foi divulgado.
Esta é a segunda prisão realizada no caso. Na quarta (29/01/2020), Natanael Pereira Barros, 19, foi preso pela Polícia Militar do DF (PMDF), suspeito de matar o colaborador da plataforma de mobilidade urbana. O acusado teria conhecido a vítima em novembro de 2019 para negociar a venda de um celular.
Os investigadores acreditam que Natanael estava endividado e precisava de dinheiro. A PMDF chegou até o suspeito após receber denúncia anônima.
Durante a prisão, Natanael confessou que conhecia a vítima, mas negou o crime. O suspeito, que trabalhava no restaurante de um posto de Taguatinga Norte, foi encaminhado à 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga).
“Pelo jeito como o corpo foi encontrado, não teria como o suspeito ter atuado sozinho”, afirmou Sérgio Bautzer, delegado da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) e responsável pelo caso.
Ainda segundo o delegado, a primeira fase da investigação concluiu que houve latrocínio – roubo seguido de morte. A hipótese é reforçada porque o carro e o celular foram roubados.
Sem desvio
A polícia descarta que Aldenys tenha desviado o caminho para fazer uma corrida pelo aplicativo, pois, segundo apontam as investigações, ele estava indo pegar uma amiga para ir a um funeral. Contudo, não chegou a buscar a moça, saiu da rota e não apareceu mais.
As suspeitas recaíram sobre Natanael porque, após a morte de Aldenys, ele foi visto rodando no carro da vítima e tentando vender o celular do motorista.
Ao Metrópoles, parentes afirmaram que Aldenys trabalhava havia três meses como colaborador de aplicativos de mobilidade urbana. O carro foi rastreado em Fortaleza dois dias após o sumiço do motorista.
Entretanto, a apuração apontou que houve uma leitura equivocada da placa do veículo. Com auxílio da PRF, o erro foi esclarecido na semana em que a polícia encontrou o corpo.
Outra morte
Três dias depois de Aldenys ser achado morto, o corpo de outro motorista de aplicativo foi encontrado no DF: Maurício Cuquejo Sodré. Três homens foram presos pelo crime e um adolescente, apreendido.
Segundo as investigações, a vítima foi chamada para uma corrida na Granja do Torto. Dentro do carro, eles ameaçaram e deram uma facada em Maurício. O rapaz foi colocado ferido no porta-malas.
Ao chegarem à área rural na mesma região, o veículo ficou atolado em uma vala e desligou. O motorista de app tentou fugir e, nesse momento, o alcançaram. Ele levou chutes e socos dos criminosos.
Os acusados continuaram esfaqueando o homem até matá-lo e, em seguida, jogaram o corpo em uma poça d’água. Conforme o Metrópoles revelou, um dos suspeitos disse à Polícia Civil que ele e os comparsas deram facadas em Maurício “sem dó”. O cadáver foi encontrado na madrugada de 23/01/2020, por um morador que passava pela região.
Ocorrências
Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), em dois anos, a capital teve 145 ocorrências de roubo com restrição de liberdade em que as vítimas trabalhavam como condutores de apps. O balanço expõe o crescimento da prática criminosa: o montante saltou de 38 registros em 2018 para 107 episódios no último ano.
Os casos demonstram a vulnerabilidade de quem tem, nessas plataformas, fonte de renda extra. De acordo com os motoristas, a grande incidência de casos resulta de falta de procedimentos cadastrais que garantam, também, a segurança dos próprios colaboradores.
Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas Autônomos de Transporte Privado Individual por Aplicativos do DF (Sindmaap-DF), Marcelo Chaves, é da falta de cobrança aos passageiros que os criminosos se aproveitam. “Enquanto os aplicativos não acordarem e se mobilizarem, essa matança dos motoristas vai continuar. É preciso que algo seja feito.”
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