'Justiça se mete em tudo', reclama Bolsonaro em transmissão ao vivo

Bolsonaro: 'Não podemos continuar nessa insegurança jurídica'
Bolsonaro: 'Não podemos continuar nessa insegurança jurídica' Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) aproveitou a sua tradicional transmissão ao vivo de quinta-feira à noite para disparar críticas a decisões judiciais que contrariam suas propostas. "A Justiça está em cima do governo porque quer que a gente mantenha radares multando você. É a Justiça, lamentavelmente, se metendo em tudo", reclamou.

Na quarta-feira (30), contrariando a intenção de Bolsonaro de reduzir os radares no país, a Justiça  validou um acordo entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério Público Federal para a instalação de 1.140 novos radares para monitorarem 2.278 faixas de rodovias não concedidas à iniciativa privada.

De acordo com o presidente, em encontro recente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, "havia na mesa pedido de 8 mil novos radares", que custariam, segundo Bolsonaro, R$ 1 bilhão para ser instalados.

Bolsonaro também reclamou em sua live sobre a possibilidade de a Justiça determinar o retorno ao trabalho de "milhares" de servidores que haviam sido demitidos – em março, o governo anunciou a extinção de 21 mil cargos, funções e gratificações. "Estamos contingenciando dinheiro de tudo que é ministério para acabar o ano não devendo muito e acontece isso. Não podemos continuar vivendo nessa insegurança jurídica no Brasil", disse o presidente. "São quase 20 mil cargos que a gente vai ter que voltar, ressuscitar. Entregar aí para professores universitários, entre outros."

Os comentários contra a Justiça foram feitos horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar uma Medida Provisória do governo que remanejava as demarcações de terras indígenas da Funai para o ministério da Agricultura. 

Também nesta quinta-feira o ministro do STF Luís Roberto Barroso estabeleceu  um prazo de 15 dias para  Bolsonaro apresentar esclarecimentos sobre a morte do desaparecido político e integrante do grupo Ação Popular (AP) Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira – pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe de Santa Cruz.



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