Massacres em presídios fazem parte do nosso cotidiano de horror

No presídio de Altamira, no Pará, 57 presos foram mortos em confronto de facções criminosas
No presídio de Altamira, no Pará, 57 presos foram mortos em confronto de facções criminosas Reprodução


Massacre no presidio de Altamira, no Pará. Novamente, briga de facções. Bandidos presos trucidando-se com fúria e extrema violência. Desta vez, impressionantes 57 mortos, dezesseis deles decapitados. O horror. Só não podemos dizer que é surpreendente, pois somos um país em que a barbárie há muito deixou de ser a exceção.

A regra tem sido a de aceitar que o sistema carcerário brasileiro – o terceiro mais populoso do mundo, com cerca de 700 mil almas desgraçadas –  é um amontoado de masmorras em que corpos são empilhados e largados à espera de uma doença malcuidada, da morte ou de uma liberdade sem perspectivas de ressocialização.

Muitos dos prisioneiros nem sequer tiveram um julgamento. Estão também encarcerados em um sistema judiciário ineficiente, elitista e extremamente caro para o país. Nenhuma perspectiva a não ser a universidade do crime, a cooptação por grupos organizados, a submissão a uma lei ainda mais injusta, a dos mais fortes.

Contra essa selvageria institucionalizada, não há projeto em curso – nem dinheiro disponível ou ao menos interesse político de encaminhar alguma solução, mesmo que paliativa. Portanto, novos massacres virão. Cada vez mais insanos e animalescos. E o horror vai continuar a fazer parte de nosso cotidiano. O horror.



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