Guedes: Governo está confiante em atingir "meio termo" com Congresso

Guedes disse estar confiante em atingir meio termo com Congresso
Guedes disse estar confiante em atingir meio termo com Congresso José Cruz/Agência Brasil 03.04.2019

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (29) estar confiante no alcance de um meio termo e um objetivo comum com o Congresso em prol da reforma da Previdência.

Guedes fez os comentários após se reunir com a bancada do PP (Partido Progressista), integrante do chamado Centrão, grupo de legendas cujos deputados têm demonstrado certa resistência à reforma.

Também presente na reunião e líder do PP na Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que o partido apoia a reforma, mas sem pontos polêmicos, como a aposentadoria rural, a desconstitucionalização da Previdência e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

"Nós somos a favor da reforma, o número proposto pelo governo é de 1,2 trilhão (de reais). Esses temas que nós sempre levantamos não são os temas que irão prejudicar a reforma básica de 1 trilhão", explicou o deputado.

O valor de 1 trilhão de reais tem sido reiterado pelo governo como o piso de economia esperada em dez anos com a reforma. Segundo autoridades do governo, entre as quais o ministro Guedes, valores inferiores a esse total inviabilizariam o lançamento do novo modelo de capitalização.

"A gente reafirma que trabalhador rural, BPC, desconstitucionalização e principalmente a questão dos Estados e municípios retornarão para duas esferas de origem. E isso não acarretará nenhum real de economia para a reforma da Previdência que nós votaremos aqui ", completou o líder do PP.

Perguntado se seria possível entregar 39 votos favoráveis à reforma caso esses temas sejam apaziguados, Lira disse que é "bem possível".

REGRA DE OURO

Mais cedo, Guedes explicou o termo "embananou" — utilizado em discurso em seminário pela manhã — para se referir ao pedido ao Congresso de crédito suplementar de quase 250 bilhões de reais.

Esse crédito é necessário para impedir que o governo descumpra a chamada regra de ouro — que não permite a tomada de dívidas para pagamento de despesas correntes, como pagamentos de salários e aposentadorias.

Segundo o ministro, alguns técnicos da pasta chegaram à conclusão de que seria suficiente o aval para um valor menor, em torno de 150 bilhões de reais.

Mas Guedes disse que o relator do projeto de abertura do crédito, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), questionou a aparente confusão de números.

"O embananamento é isso", disse Guedes. "Está todo mundo preparado para aprovar uma coisa, aí chega outra", disse o ministro.

Guedes afirmou não ser "sensato" colocar em risco a disposição de recursos para realizar pagamentos da Previdência Social, Bolsa Família, Plano Safra, entre outros programas, apenas por causa dessa diferença técnica de aprovar o todo ou a parte. "Aprova logo o todo e simplifica tudo", concluiu.



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